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Apesar da oposição de engenheiros internos e de órgão técnico, a estatal paulista Dersa assinou na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) aditivos irregulares nas obras do Rodoanel que levaram a prejuízos de mais de R$ 600 milhões, segundo a polícia e o Ministério Público.
As apurações sobre os adendos contratuais levou à decretação da prisão de oito servidores e ex-funcionários da Dersa, incluindo a do ex-presidente do órgão, Laurence Casagrande Lourenço, que foi secretário estadual de Alckmin e comandava a estatal Cesp até sua detenção nesta quinta (21/06).
De acordo com as investigações da Polícia Federal e da Procuradoria, foram beneficiadas pelos aditivos as construtoras OAS e Mendes Júnior, que já são investigadas na Operação Lava Jato.
A operação desta quinta, intitulada Pedra no Caminho, pode atrapalhar as negociações de delação premiada em curso entre executivos da OAS e as autoridades, uma vez que há adendos contratuais recentes -deste ano e do ano passado- nas obras da via. Ilegalidades podem ter sido omitidas dos investigadores, segundo o Ministério Público.
As fraudes foram realizadas com o emprego de uma manobra conhecida como jogo de planilhas, na qual as quantidades de itens de uma obra são alterados para cima e para baixo com o objetivo de maquiar irregularidades.
A manipulação de quantidades de materiais pode ter levado à redução da qualidade de certos trechos do projeto, como túneis, afirmou Silva.
Na operação de quinta, foram detidas ao todo 14 pessoas. Além de Lourenço, outro seis ex-funcionários e atuais servidores da Dersa foram presos: Pedro da Silva, Benedito Aparecido Trida, Pedro Paulo Dantas do Amaral Campos, Helio Roberto Correa, Adriano Trassi e Carlos Prado Andrade.
O funcionário da estatal paulista Edison Mineiro Ferreira dos Santos ainda não foi detido por estar fora do país.
Também foram cumpridos 56 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo e do Espírito Santo.
As autoridades informaram que ainda não foram encontrados indícios de propinas a políticos e repasses para caixa dois de campanhas eleitorais, mas o material obtido nas diligências e os depoimentos dos presos poderão levar a novas linhas de investigação.

Fonte: Bem Paraná

guazelli

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