Já não é de hoje que o candidato à presidência, Jair Bolsonaro, cita a Venezuela em seus discursos. O país vizinho passa por momentos difíceis com a democracia, e a aproximação do PT com Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, preocupa muitos brasileiros.
Bolsonaro escreveu em seu Twitter que “via BNDES e outras fontes de seu dinheiro o Brasil é um dos maiores patrocinadores do socialismo que massacra milhões no mundo”, e logo em seguida que “isso vai mudar”.
Os venezuelanos morrem de fome devido à tirania de um governo que anda de mãos dadas com a ditadura cubana. Via BNDES e outras fontes de seu dinheiro o Brasil é um dos maiores patrocinadores do socialismo que massacra milhões no mundo. Isso vai mudar! Conosco, o foco é o Brasil!
— Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) 30 de setembro de 2018
Cabo Daciolo, que disputou o primeiro turno das eleições para presidência, respondeu o tweet dizendo para Bolsonaro “parar de usar Venezuela como muleta eleitoral”.
O ex-adversário também cutucou dizendo que em debates e sabatinas ele não apresentou propostas pra resolver os problemas tributários do Brasil, e para focar no próprio país, “PRIMEIRO A PÁTRIA”.
Jair, bom dia, meu irmão em cristo. Vamos parando de falar da Venezuela, porque nos debates e sabatinas você não apresentou nem propostas pra resolver os problemas tributários da nossa própria nação. PRIMEIRO A PÁTRIA. Para de usar Venezuela como muleta eleitoral. GLÓRIA.
— Cable Daciolo (@DacioloCabo) 30 de setembro de 2018
Mesmo com a semelhança de discurso envolvendo Deus e pátria, Cabo Daciolo anunciou que não apoiará Jair Bolsonaro no segundo turno, nem Fernando Haddad. Daciolo informou que a aliança dele “é com Jesus”.
Ele recebeu 1,3 milhão de votos (1,2%) e ficou conhecido por utilizar com frequência a expressão “Glória a Deus” nos debates.
“Nós não nos unimos com o menos pior. Daciolo não tem no vocabulário dele o ‘menos pior’. A aliança de Cabo Daciolo e de Suelene Balduino [candidata a vice] é com Jesus Cristo, com o amor. Não pregando religião, pregando o amor, tratar o próximo da maneira que nós gostaríamos de ser tratados”, disse o deputado.
Por Isis Bards Lourenço
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