Nesta terça-feira (26/09), o ex-ministro Antônio Palocci enviou uma carta ao Partido dos Trabalhadores (PT), pedindo a desfiliação da legenda. No documento ele descreve os motivos pelos quais resolveu deixar o partido que ajudou a fundar.
Em trecho o ex-ministro diz que ‘chegou a hora da verdade’; referindo-se a Lula, ele desafiou: “até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do ‘homem mais honesto do País’ enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto (!!) são atribuídos à Dona Marisa?”.
A carta estava endereçada à presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann que confirmou na noite de terça-feira (26/09) a desfiliação do ex-ministro Antonio Palocci do partido.
Na avaliação de Gleisi, o ex-ministro escreveu a carta para os procuradores da Operação Lava Jato com a pretensão de fechar uma delação premiada. “É a mensagem de um condenado que desistiu de se defender e quer fechar negócio com o MPF, oferecendo mentiras em troca de benefícios penais e financeiros”, pontuou.
A presidente da sigla disse também que Palocci “decidiu ‘queimar seus navios’, romper com sua própria história e renegar as causas que defendeu no passado”. “A forma desrespeitosa e caluniosa como se refere ao ex-presidente Lula demonstra sua fraqueza de caráter e o desespero de agradar seus inquisidores”.
Palocci escreveu a carta um ano após ter sido preso na Operação Lava Jato. “Ofereço minha desfiliação, e o faço sem qualquer ressentimento ou rancores. Meu desligamento do partido fica então à vossa disposição”, finalizou.
Leia a íntegra da carta:
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