Sem votos suficientes, o governo Michel Temer já reconhece que a votação da reforma previdenciária não deve ficar para a próxima semana, como era esperado pelo Palácio do Planalto.
Na manhã desta quinta-feira (07/12), dia seguinte ao jantar oferecido à base aliada no Palácio da Alvorada para recontar os votos, líderes comentavam na Câmara dos Deputados que a situação melhorou para aprovar a reforma da Previdência, mas o governo ainda está longe dos 308 votos necessários para aprovar a medida em primeiro turno.
Com o provável adiamento da votação, aumentam as chances da votação ficar apenas para o ano que vem, uma vez que, diante da proximidade do recesso parlamentar, muitos deputados federais antecipam o retorno aos seus redutos eleitorais.
As chamadas férias parlamentares terão início no dia 23, em um sábado, mas a partir da quinta-feira anterior o Congresso já costuma ficar esvaziado. A possibilidade da votação ficar para a semana do recesso foi admitida pelo vice-líder do governo, Beto Mansur (PRB-SP). “Nós temos ainda 15 dias corridos para votar a reforma previdenciária, de 07 a 21 de dezembro. No período, vamos trabalhar para buscar votos”, disse.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que se deve trabalhar com “todas as datas possíveis”.
“Nós vamos trabalhar para votar neste ano. Nós temos que construir deputado a deputado, deputada a deputada, as condições para se votar a reforma da Previdência”, disse, não estabelecendo uma data.
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