A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (27/03), o deputado federal licenciado e secretário-chefe da Casa Civil do governo do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), por peculato devido à nomeação de “servidores fantasmas” para o gabinete dele quando era deputado estadual, entre 2003 e 2011.
Além do tucano, outras três pessoas foram denunciadas, entre elas o então chefe de gabinete de Rossoni. A PGR pede à Justiça, além da reparação ao erário com juros e correção monetária, a condenação e perda de eventuais funções públicas dos envolvidos. A denúncia foi apresentada ao STF, em Brasília, porque o acusado tem direito a foro privilegiado por ser deputado federal licenciado. Caso a corte acate os argumentos da PGR, Rossoni se tornará réu.
Na denúncia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma que o esquema consistia em nomear para funcionários comissionados no gabinete do então deputado estadual pessoas que sequer sabiam que haviam sido designadas para o cargo; familiares que não exerciam efetivamente a função; e pessoas que não prestavam serviço à Assembleia. Ainda segundo ela, algumas pessoas de fato trabalhavam, mas entregavam grande parte do salário a Rossoni por meio de intermediários. Ainda havia funcionário que prestava serviços particulares ao tucano, quando, na verdade, deveria cumprir função comissionada na Assembleia Legislativa.
Em nota, o advogado de Rossoni, Cid Campelo Filho, disse que ele não teve oportunidade de defesa no caso e que espera que a denúncia não seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal.
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