Duas empresas ligadas ao Grupo Petrópolis que eram usadas pela Odebrecht para, de acordo com delatores, fazer pagamento de caixa 2, aparecem na declaração eleitoral de Antero Paes de Barros, candidato ao Senado pelo PSDB, do Mato Grosso.
As empresas são a Leyroz de Caxias Indústria, Comércio e Logística e a Praiamar Indústria Comércio e Distribuição.
Os dados foram obtidos por meio de um cruzamento entre uma planilha paralela da Odebrecht, apreendida na 23ª fase da Lava Jato, e a prestação de contas do candidato tucano.
Segundo reportagem do jornal O Globo, a planilha da Odebrecht registra a doação de R$ 100 mil para a campanha de Antonio Paes de Barros Neto, em 29 de setembro de 2010. Em sua delação premiada, Marcelo Odebrecht explicou que usava outras empresas para fazer doações a candidatos.
A doação de R$ 100 mil ocorre dias após e-mails do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pedindo a Marcelo Odebrecht contribuição para as campanhas de Paes de Barros e de Flexa Ribeiro.
O ex-presidente Fernando Henrique disse, através de sua assessoria de imprensa, que pode ter pedido contribuição para as campanhas, mas lembra que na época isso era legal.
O senador Flexa Ribeiro e Antero Paes de Barros, atualmente sem partido, disseram que desconhecem a troca de e-mails e que as campanhas deles em 2010 não receberam qualquer contribuição da Odebrecht.
A Odebrecht voltou a declarar que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua, e implantou um sistema para prevenir, detectar e punir desvios ou crimes.
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