A primeira pesquisa eleitoral realizada após a conclusão do período das convenções partidárias, que confirmou os candidatos à presidência da República e as respectivas alianças formadas, continuou mostrando o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) na liderança da disputa nos cenários em que não é considerado o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há quatro meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo levantamento feito pelo Ipespe entre 6 e 8 de agosto, o 12º da série encomendada pela XP Investimentos, Bolsonaro tem entre 19% e 23% das intenções de voto, dependendo da simulação de primeiro turno observada. Em 3 das 4 testadas, observou-se uma oscilação positiva de 1 ponto percentual em seu apoio, movimento dentro da margem de erro, de até 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-08988/2018.

Bolsonaro também lidera na corrida espontânea, quando nomes de candidatos não são apresentados aos eleitores. Neste cenário, o parlamentar tem 17% das intenções de voto, tecnicamente empatado por Lula. O líder petista corre riscos de ser impedido de participar da disputa em função da Lei da Ficha Limpa, que impede candidaturas de condenados em segunda instância. Os ex-governadores de São Paulo e do Ceará, Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), respectivamente, têm 3% cada, ao passo que o senador Álvaro Dias (Podemos) aparece com 2%. Brancos, nulos e indecisos somam 58% do eleitorado.

Em um dos cenários estimulados, Lula lidera com 31% das intenções de voto, seu maior patamar já registrado na pesquisa XP/Ipespe, iniciada em 15 de maio. Neste caso, o petista tem vantagem de 12 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, Bolsonaro, com 19%. Em outro pelotão, aparecem tecnicamente empatados 4 candidatos: Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%; Marina Silva (Rede), com 8%; Ciro Gomes (PDT), com 6%; e Álvaro Dias (Podemos), com 5%. O grupo dos “não voto” soma 17% do eleitorado, menor percentual entre as simulações feitas.

Apenas a informação do apoio explícito de Lula faz com que Haddad salte de 3% das intenções de voto para 13%, na segunda posição da pesquisa – 8 pontos atrás de Bolsonaro. A pesquisa mostrou que a migração de votos do ex-presidente para o ex-prefeito salta de 10% para 36% quando é incluída a informação do apoio efetivo. A maior exposição do nome de Haddad na mídia também fez oscilar para cima a convicção de voto de seus eleitores, de 4% na semana para 6% agora. Ele, porém, continua sendo figura desconhecida para fatia expressiva do eleitorado (26%).

O levantamento também mostrou oscilação negativa de Ciro Gomes nas 4 simulações de primeiro turno, de 1 ou 2 pontos percentuais. Já Geraldo Alckmin, candidato que contará com maior tempo no horário de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, manteve o patamar de 10% de intenções de voto em todos os cenários, exceto o que considera a candidatura de Lula, onde tem 9%. O tucano tem pelo menos 10 pontos percentuais a menos que Bolsonaro na corrida. Já Marina Silva manteve a segunda posição nas simulações sem candidato do PT e com Haddad candidato apoiado por Lula. A ex-senadora é afetada com melhor desempenho de uma candidatura petista, o que também se aplica a Ciro.

Segundo Turno

Foram testadas sete situações de segundo turno. Em eventual disputa entre Alckmin e Haddad, o tucano venceria por 36% a 25%, com 41% de brancos, nulos e indecisos.

Em uma simulação de disputa entre Lula e Bolsonaro, o petista aparece à frente, com 41% das intenções de voto contra 32% do parlamentar, acima do limite máximo de margem de erro de ambos, e com 26% de brancos, nulos e indecisos.

Caso Bolsonaro e Alckmin se enfrentassem, a situação seria de empate, com cada candidato com 33% das intenções de voto, mesmo percentual dos brancos, nulos e indecisos.

Em eventual disputa entre Marina Silva e Bolsonaro, o cenário também é de empate técnico, com a ex-senadora numericamente à frente por 38% a 32%. É a maior diferença já registrada a favor da ex-senadora. Brancos, nulos e indecisos somam 30%.

Empate técnico também é observado na simulação de disputa entre Alckmin e Ciro, com o tucano numericamente à frente por 33% a 28%. Brancos, nulos e indecisos agora somam 40%.

Se Bolsonaro e Ciro se enfrentassem em uma disputa de segundo turno, o cenário também seria de empate técnico, como nas últimas oito semanas, com o parlamentar numericamente à frente, com 32% das intenções de voto contra 30% do pedetista. Brancos, nulos e indecisos somam 37%.

A pesquisa também simulou disputa de segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Neste cenário, o parlamentar venceria por 37% a 29% das intenções de voto. O grupo dos “não voto” soma 34%.

Fonte: Infomoney

guazelli

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