O governo da Suíça enviou documentos que reforçam suspeitas de caixa dois na campanha do senador José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo, em 2006. Os documentos chegaram ao Brasil no fim de julho e segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, abrem espaço para que as investigações sobre a suspeita de caixa dois continuem.
O inquérito que investiga Serra está no STF, mas a PGR solicitou que seja remetido para a Justiça Federal de São Paulo porque os atos investigados não têm relação com o mandato de senador.
Um dos documentos enviados ao país é um email de novembro de 2007 no qual a filha de José Serra, Verônica Allende Serra, autoriza a substituição do administrador de uma conta do banco suíço Arner, a conta Firenze 3026.
Essa conta, segundo os documentos enviados pelo governo suíço, pertencia a uma empresa offshore do Panamá, a Dormunt International Inc. Quando a conta foi criada, Veronica Serra recebeu uma procuração para gerenciar os recursos – o passaporte dela está entre os documentos vinculados à conta.
Procurado, o senador José Serra declarou que rejeita a possibilidade de haver qualquer ilegalidade envolvendo o nome da filha. Disse ainda que jamais recebeu vantagem indevida ao longo da carreira política e que espera que o caso seja esclarecido para evitar que prosperem acusações falsas.
Verônica Serra declarou que não faria comentários por não ter ciência dos documentos e dos pretensos fatos, mas disse que considera injustiça e equívoco a menção ao nome dela.
Fonte: G1
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