O ex-diretor da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Maurício Fanini, detalhou como teria feito três repasses em dinheiro vivo que somaram R$ 1,1 milhão desviado da construção e da reforma de escolas estaduais do Paraná. Segundo o depoimento, o dinheiro teria sido recebido pelo empresário Jorge Atherino, apontado como “operador” e “sócio” do ex-governador Beto Richa (PSDB). Fanini afirmou que manteve um apartamento exclusivamente para guardar dinheiro e repassar propina a intermediários do então governador.
O depoimento foi prestado a promotores do Ministério Público do Paraná (MP-PR) em maio, no âmbito de um inquérito civil decorrente da Operação Quadro Negro – e que terminou com Beto e outras 12 pessoas denunciados por improbidade administrativa. Preso desde setembro do ano passado, Fanini foi ouvido em Brasília, para onde havia sido transferido por questões de segurança.
Fanini era uma das principais engrenagens do esquema de corrupção. Na oitiva, o ex-diretor disse que em 2014 – já na campanha eleitoral – Richa teria o orientado a prestar contas das propinas arrecadadas a Ezequias Moreira, secretário de Cerimonial e homem de confiança do ex-governador. A partir de então, Fanini teria passado e entregar o dinheiro desviado a Atherino – que seria um “pablo” (que é como o grupo chamava os encarregados de receber propina) indicado por Moreira.
Fonte: Gazeta do Povo
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