Nem bem foram fechadas as urnas do primeiro turno da eleição de 2018, as atenções dos meios políticos já se voltaram para a disputa pela prefeitura de Curitiba em 2020. Pelo menos nove pré-candidatos já são listados, a começar pelo prefeito Rafael Greca (PMN), nome natural para concorrer à reeleição. Mas outros saíram das urnas fortalecidos, entre eles o deputado federal Fernando Francischini (PSL) – que aproveitando a “onda” em favor do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) – foi o mais votado para a Assembleia Legislativa e ainda “puxou” a eleição de outros sete deputados, a maior bancada da Casa.
Oficialmente, Greca diz que é muito cedo para pensar no assunto, e que por enquanto está focado em fazer uma boa gestão. Nos bastidores, porém, seu grupo admite que a tendência é ele buscar uma nova legenda para concorrer ao segundo mandato, já que o PMN, seu atual partido, não conseguiu atingir a cláusula de barreira, pela qual precisaria conseguir pelo menos 1,5% dos votos válidos para a Câmara Federal, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da federação, com um mínimo 1% dos votos válidos em cada uma delas; ou ter eleito pelo menos 9 deputados, distribuídos em, no mínimo, um terço das unidades da federação. Com isso, a legenda ficará sem tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV e sem verba do fundo partidário e o prefeito deve buscar uma legenda mais robusta.
Greca – que apoiou a candidatura da governadora Cida Borghetti (PP) ao governo, derrotada por Ratinho Júnior (PSD) no primeiro turno – também viu seu aliado, o ex-governador Beto Richa (PSDB), amargar a derrota na eleição para o Senado, após ser atingido por uma série de denúncias de corrupção que o levaram a ser preso no início de setembro, em meio à campanha. Cida fez 123.315 votos entre os 1.339.416 eleitores aptos a votar em Curitiba.
O prefeito, porém, já sinalizou que vai buscar uma boa relação com o governador eleito, a quem ele apoiou no 2º turno da eleição para a prefeitura da Capital, em 2012, quando Ratinho Jr foi derrotado por Gustavo Fruet (PDT). Fruet, por sua vez, que em 2016 sequer chegou ao 2º turno da eleição para prefeito, foi eleito este ano deputado federal com 113.252 votos, sendo 80307 votos em Curitiba, se tornando o mais votado entre os candidatos à Câmara Federal na cidade.
Fonte: Bem Paraná
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