A Câmara Municipal de Curitiba tinha marcada para esta quarta-feira (31/10) uma audiência pública a respeito da consulta realizada sobre o orçamento municipal de 2019. Mas, do lado de fora do plenário, servidores protestavam contra um pacote de medidas enviado pelo prefeito Rafael Greca (PMN) ao Legislativo na semana passada. No conjunto dos projetos, está o reajuste de 3% para os funcionários municipais (considerado pelos sindicatos inferior ao que seria justo); a permissão para que a prefeitura contrate funcionários temporários para todas as áreas; e a proposta que permite que a bilhetagem eletrônica seja utilizada de forma exclusiva no transporte coletivo da capital.
A manifestação dos servidores fez com que o presidente da Câmara, Serginho do Posto (PSDB), decidisse interromper a sessão para que fosse realizada uma reunião entre os parlamentares e representantes dos sindicatos. O líder do prefeito na Câmara, Pier Petruzziello (PTB), não participou do encontro. A reclamação dos sindicatos era de que o projeto a respeito do reajuste que deve ser dado ao funcionalismo foi enviado à Câmara sem que houvesse uma negociação entre o funcionalismo e o Executivo.
Para que a audiência pública pudesse ser realizada, ficou definido que o presidente da Câmara entraria em contato com a prefeitura para marcar uma reunião com a presença de vereadores e membros dos sindicatos para discutir o reajuste. Depois do acerto, a sessão continuou normalmente.
Para o líder do prefeito, não há o que negociar porque a prefeitura ofereceu o reajuste possível, que cabe dentro do ajuste de contas que o prefeito Rafael Greca vem promovendo desde que assumiu a prefeitura, em 2017.
Já os sindicatos argumentam que como os servidores estão sem reajuste há 30 meses em decorrência do congelamento imposto pela gestão Greca em 2017, o índice deveria ser de 9,48% para, desta forma, recompor as perdas inflacionárias.
Fonte: Gazeta do Povo
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