A defesa do ex-presidente Lula entrou com um pedido de habeas corpus nesta segunda-feira (05/11) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspeição do juiz/político Sérgio Moro, a nulidade do processo e a liberdade de Lula.

Para os advogados do ex-presidente, o juiz do caso agiu de forma política e atuou fora do âmbito do processo influenciando o período eleitoral. Os advogados lembram que durante a campanha Moro manteve contato com a cúpula do candidato Bolsonaro e ao mesmo tempo se manteve à frente do processo contra Lula, que até agosto liderava as pesquisas de intenção de voto.

“Moro compareceu a sucessivos eventos organizados por adversários políticos do Paciente, mas nunca por seus correligionários, (v) abandonou suas férias, em plena manhã de domingo, para despachar quando não havia sido convidado, tão somente para impedir a soltura do Paciente, (vi) levantou parcialmente o sigilo de delação premiada que prejudicava o Paciente às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais, (vii) aceitou servir como Ministro de Estado do principal opositor político do Paciente; tudo isso sem esquecer de que (viii) conferiu apoio público à manifestação realizada contra a agremiação partidária do Paciente, ainda em 2016”, afirmou a defesa.

O habeas corpus de Lula foi distribuído ao ministro Edson Fachin no sábado, 2. O documento de 73 páginas é subscrito pelos advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Zanin Martins, Alfredo de Araujo Andrade, Luis Henrique P. Santos, Kaíque Rodrigues de Almeida e Marcelo Pucci Maia.

Sergio Moro pediu, nesta segunda-feira (05/11), férias à Corregedoria da Justiça Federal da 4ª Região e diz que se afasta da Operação Lava Jato para evitar “controvérsias desnecessárias”.

Fonte: Nocaute

guazelli

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