Em entrevista coletiva na tarde desta terça (06/11), o juiz federal Sergio Moro afirmou que quer levar o modelo da Operação Lava Jato no combate ao crime organizado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, já a partir do ano que vem. “A ideia é replicar no ministério as forças-tarefas adotadas na Operação Lava Jato”, afirmou ele. Moro negou que o processo do ex-presidente Lula teve ligação com as eleições. “O que existe um crime que foi descoberto, investigado e provado e as cortes apenas cumpriram a lei. Não posso pautar minha vida num álibi falso de perseguição política”, disse Moro, na entrevista.
O juiz disse que aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro porque quer implantar no governo federal uma forte agenda anticorrupção e contra o crime organizado. Ele descartou a possibilidade de usar o cargo para perseguição política: “Não existe a menor chance de usar o ministério para perseguição política, aliás crimes de ódio são “intoleráveis”. Sobre a flexibilização do uso de armas pela população,uma das principais propostas de Bolsonaro, Moro disse que nunca iria contra uma das principais propostas da administração: “Conversei a respeito com o presidente eleito e existe uma plataforma na qual ele se elegeu que prega a flexibilização da posse de armas. Então, dentro dessa plataforma eleitoral, parece que seria inconsistente agir de maneira contrário”.
Moro se afastou das atividades de juiz federal e da Lava Jato logo após aceitar o convite para ser ministro. Ele tirou férias por 17 dias desde segunda e deve pedir exoneração da magistratura em janeiro. A juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, ficará à frente dos processos da Lava Jato interinamente, até que seja escolhido um novo responsável.
Fonte: Bem Paraná
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