O Grupo CCR, responsável por gerir trechos das rodovias BR-277 e BR-376 no Paraná, fechou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e acusou ter doado R$ 3 milhões via caixa dois para a campanha da então candidata a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual presidente do Partido dos Trabalhadores.
O relato da doação, que teria ocorrido em 2010, foi feito pelo ex-presidente da CCR Renato do Valle, em depoimento a promotors do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. A denúncia, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (30/11), aponta ainda que Aloizio Mercadante (PT-SP), então senador, teria pedido R$ 3 milhões e recebido R$ 1,7 milhão, também via caixa dois.
A entrega do dinheiro, afirmou Renato, teria sido feita por um intermediário e o pagamento, por conta do alto valor, ocorreu em parcelas. Paulo Bernardo, ministro do Planejamento do governo Lula à época do pedido e também marido de Gleisi, é quem teria solicitado a doação.
Ao todo, a empresa, a maior do país em termos de concessões de rodovias, afirmou ter doado R$ 44 milhões para caixa dois de políticos, em valores corrigidos. Ainda não se sabe todos os nomes que fazem parte da lista de doações da empresa, mas não são apenas políticos do PT que estão envolvidos. Outros nomes já divulgados, por exemplo, são o do ex-governador e presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), o senador José Serra (PSDB) e o ex-prefeito de São Paulo e atual ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD).
Fonte: Bem Paraná
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