A tarifa social do transporte coletivo em Curitiba vai subir em 2019. Em entrevista à Gazeta do Povo nesta quarta-feira (05/12), o prefeito Rafael Greca (PMN) afirmou que, em fevereiro, quando ocorre o reajuste da data-base dos funcionários do transporte coletivo, a passagem inevitavelmente sofrerá reajuste. “Estamos trabalhando para reduzir custos e vamos tentar dar o menor aumento possível. Com certeza haverá reajuste porque não é possível manter a tarifa congelada enquanto os demais preços sobem”, afirmou. Veja a entrevista na íntegra.
Hoje, a tarifa social, paga pelo usuário na catraca, está em R$ 4,25, mas a tarifa técnica custa R$ 4,71. A diferença em 2018 foi paga por um subsídio de R$ 71 milhões concedido pelo governo do estado. Para 2019, a dúvida é se o convênio continuará acontecendo. “Eu e Ratinho estamos na melhor relação. Pode ser um dos temas discutido com ele. O mundo inteiro tem [subsídio]”, disse o prefeito.
Greca também falou sobre a extinção dos cobradores no sistema de transporte coletivo da capital. A possibilidade de que todos os ônibus circulem somente com a bilhetagem eletrônica está sendo discutida na Câmara de Curitiba, sob protestos do sindicato da categoria.
“Não quero demitir ninguém. Quero que os cobradores sejam requalificados, como prevê a convenção coletiva assinada pelos sindicatos”, disse.
Em entrevista à Gazeta do Povo no final de novembro, o presidente da Urbs, Ogeny Maia Neto, afirmou que os 3.424 cobradores do sistema representam R$ 0,80 da tarifa técnica. Mesmo assim, não confirmou que a retirada desses custos seria repassada ao usuário do transporte coletivo de Curitiba. Segundo ele, a diferença possibilitaria, apenas, que a passagem permanecesse estável por mais tempo.
O prefeito, porém, disse que, se houver realmente a extinção dos cobradores, a diferença será repassada aos usuários. “Tenha certeza de que, se isso acontecer, a redução vai incidir sobre o preço final da tarifa. Não vou dar esse lucro para os patrões”, afirmou Greca.
Fonte: Gazeta do Povo
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