O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), divulgou na tarde desta terça-feira (8) uma nota de repúdio às declarações do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e do deputado estadual Arthur do Val (DEM-SP), ambos do Movimento Brasil Livre (MBL), associando a onda de violência no estado a uma suposta trama do atual governador Camilo Santana (PT).
Ciro, que foi candidato à presidência em 2018, pediu autorização ao governador petista para divulgar a nota de repúdio, em que classificou o MBL como uma “facção” e os deputados como “canalhas”.
“Canalhas! É o que são vocês dois! Respeitem o Ceará, respeitem nosso povo, respeitem nosso sofrimento. O que fizeram é simplesmente deplorável, e apenas junta suas vozes à de marginais que tentam aterrorizar nossa gente”, escreveu o ex-governador.
Ciro, em seu texto, se referiu aos vídeos divulgados na segunda-feira (7) pelos deputados em que exploram uma tese de que a onda de violência no Ceará encampada por facções criminosas fara parte de uma “estratégia” do governador petista para desgastar o governo Bolsonaro. De acordo com os parlamentares do MBL, com a onda de violência, Santana estaria obrigando o governo federal a usar a força nacional para, em seguida, decretar uma intervenção federal, o que paralisaria a aprovação de Propostas de Emenda à Constituição e, assim, impossibilitariam o presidente de aprovar a reforma da Previdência. O objetivo, de acordo com Kataguiri e do Val, seria imputar a Bolsonaro o crime de responsabilidade fiscal por não aprovar a reforma e, assim, criar motivos para abrir um processo de impeachment.
“Na ânsia incontida de aparecer, estes dois delirantes foram para a internet anunciar uma pseudo trama em que, pasme a opinião pública brasileira, todo o sofrimento que passamos juntos com nosso povo seria um plano político maquiavélico para apimentar nossa discordância politica com o atual presidente”, escreveu Ciro, que prosseguiu: “Vocês verão, politiqueiros imundos, que o Ceará e os cearenses vamos vencer mais esta batalha e aí será também possível avaliarmos a conduta de marginais que entram na política para fazer o mal, mesmo que a vítima seja toda uma população humilde e trabalhadora”.
Reportagem: Revista Fórum.
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