O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou na tarde de hoje (21) que a prisão do ex-presidente Michel Temer não deve atrapalhar votações importantes no Congresso Nacional, como a reforma da Previdência, mas admitiu que o episódio gera “ruído” político.
“Eu acho que não [atrapalha]. Tem ruído, vai ficar esse ruído, mas vamos aguardar, pode ser que daqui a pouco ele seja solto, vamos esperar o que pode acontecer”, disse. Para Mourão, Temer pode ganhar, em breve, “um habeas corpus de um ministro qualquer”.
Perguntado se o governo dará prioridade à votação da reforma da Previdência em relação a outros projetos, como o projeto de lei anticrime, Mourão destacou que as mudanças nas regras da aposentadoria são fundamentais para “destravar” as demais agendas do país. Ele comparou a reforma como a boca de uma garrafa, que precisa ser ultrapassada para que se possa acessar o interior da garrafa, com espaço maior.
“Ninguém tem duvida que a reforma da Previdência é prioritária, porque é como se fosse uma garrafa, estamos na boca da garrafa querendo entrar no espaço maior que tem no interior dela. Isso é a reforma da Previdência, ela destrava o jogo no Brasil. Ela não será a solução dos males do Brasil, mas se for aprovada, passa confiança para os investidores não só aqui do Brasil, mas os investidores internacionais”, argumentou.
Para o presidente em exercício, o governo precisa trabalhar para a “conquista de corações e mentes” no Congresso Nacional em favor da reforma da Previdência, já que ainda não tem apoio majoritário entre os parlamentares.
Hamilton Mourão embarcou para Porto Alegre, onde amanhã (22) realizada uma palestra a convite da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Ele deve retornar a Brasília à tarde.
Agência Brasil.
Imagem: Marcos Corrêa.
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