Prometendo fazer “oposição firme, segura e responsável” à gestão de Rafael Greca na Prefeitura de Curitiba, tomou posse nesta quarta-feira (3), na Câmara Municipal, Rubens Yoshisada Matsuda. Professor Matsuda (sem partido), que ficou como segundo suplente pelo PDT nas eleições de 2016, assume a vaga aberta pela saída de Goura (PDT), eleito deputado estadual, e pela licença de Jonny Stica (PDT), hoje funcionário da Fomento Paraná – instituição ligada ao governo do Paraná.
O vereador entra para a câmara sem partido, já que pediu desfiliação em 2016. O presidente do partido em Curitiba, o deputado federal Gustavo Fruet, não queria que fosse Matsuda – que, segundo o próprio, não tem direito a vaga. Fruet queria que Dalton Barbosa fosse o escolhido, más a CMC convocou o suplente diplomado Matsuda. Segundo o site Plural, Barbosa recorreu à Justiça más os recursos foram negados até agora.
“Tenho no meu histórico 40 anos de chão de sala de aula”, apresentou-se Matsuda, acrescentando que é a defesa da educação e da juventude que motivam sua filiação ao PDT. “Foi em sala de aula que passei, e estou a passar, os dias mais felizes da minha vida. Acredito que é na educação que repousa uma imensa parte das soluções para os problemas sociais”.
Professor de Gustavo Fruet quando o ex-prefeito era jovem, Matsuda defendeu a gestão do pedetista à frente da Curitiba. “É o trabalho na Educação que me motiva defender o projeto de Fruet para a cidade. Foi ele que elevou o [gasto] mínimo constitucional de 25% para 30% [em Educação]. Conquistou o 1º lugar no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, aferido pelo governo federal], mas, triste e lamentável, [Curitiba] caiu para o 4º lugar hoje.”
Demonstrando envolvimento com o PDT, disse ter atuado para a filiação do deputado estadual Márcio Pacheco à sigla, colocou-se à disposição do líder partidário no Legislativo, Marcos Vieira, e citou Leonel Brizola (fundador do PDT, falecido em 2004), Ciro Gomes (cearense, candidato à presidente no último pleito) e Tabata Amaral (deputada federal por São Paulo, alçada à fama por recentemente ter exigido respostas baseadas em dados sobre a Educação no Brasil do ministro da área, Ricardo Vélez, em audiência no Congresso).
Colônia japonesa
A posse do Professor Matsuda foi acompanhada em plenário pelo seu primo Nobutero Matsuda, de 93 anos de idade. “Muito me honra a sua presença, meu querido primo, que foi o primeiro vereador representante da comunidade japonesa nesta Casa”, agradeceu o novo vereador. Nobutero exerceu seu mandato em 1964 pela UDN e em 1968 pela Arena – agremiações da época.
“Estávamos desfalcados de um representante da comunidade japonesa”, constatou Sabino Picolo (DEM), presidente do Legislativo, que deu posse ao Professor Matsuda. A mesma afirmação foi feita por Professor Euler e Bruno Pessuti, do PSD. “Vai fazer um grande mandato”, parabenizou Zezinho Sabará (PDT).
Também participaram da posse o juiz eleitoral Jean Carlo Leeck, representando o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Gilberto Ferreira; o ex-vereador Jorge Yamawaki; convidados; e familiares de Matsuda. Diversos vereadores saudaram o novo parlamentar, inclusive os líderes do governo, Pier Petruzziello (PTB), que disse estar “aberto ao diálogo”, e da oposição, Noemia Rocha (MDB), que lhe desejou boas vindas ao bloco.
ASCOM – CMC
Imagem: Rodrigo Fonseca.
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