Devido à irritação de Bolsonaro, que se negou a falar sobre o caso quem respondeu às perguntas dos jornalistas, durante a chegada da comitiva brasileira ao Japão, na madrugada desta quinta-feira (27), foi o porta-voz Otávio Rêgo Barros quem disse que o governo “não admite, em hipótese alguma” procedimentos como o ocorrido na Espanha, onde um oficial da FAB foi flagrado com 39 kg de cocaína num avião da comitiva presidencial. Em sua chegada para o encontro do G20, o presidente Jair Bolsonaro não conseguiu esconder o incômodo diante das inevitáveis perguntas da imprensa sobre o caso do militar brasileiro, membro de sua comitiva, que foi preso na Espanha portando 39 quilos de cocaína.

Embora o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, tenha negado que o mandatário estivesse afetado pelo caso – alegou que ele “acabou de chegar de viagem, e só quer descansar para poder cooperar amanhã com o G20 e com os BRICS”, alegou – o fato é que o presidente se recusou a falar com a imprensa, deixando esta tarefa ao seu ministro porta-voz.

Ele também afirmou que “o presidente, o Ministério da Defesa e o comando da FAB (Força Aérea Brasileira) não admitem, em hipótese alguma, procedimentos desse tipo, e deseja que isso seja esclarecido o mais rápido possível, e que a pessoa seja punida devidamente dentro dos trâmites”. Um dos questionamentos que Bolsonaro evitou diz respeito ao motivo da troca de escala do outro avião da comitiva presidencial (no qual viajava o presidente) que inicialmente estava marcada também para Sevilha, a mesma cidade onde ocorreu a prisão do aviador brasileiro, mas que acabou sendo transferida para Lisboa. Segundo Rêgo Barros, tudo se tratou de “uma questão técnica, que foi avaliada pelo comando da FAB, juntamente com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional)”.

Rêgo Barros também afirmou que o presidente ordenou ao Ministério da Defesa e à FAB (Força Aérea Brasileira) tomar todas as medidas pertinentes ao caso, e que o façam o mais rápido possível, para ajudar o trabalho da polícia espanhola”. Ao ser perguntado se houve falha na segurança da comitiva presidencial, o porta-voz respondeu que essas respostas surgirão “somente por meio de um inquérito policial militar, sob a responsabilidade do comando da FAB”.

Esta é a primeira participação de Bolsonaro em uma reunião do G20, que acontecerá na cidade japonesa de Osaka, nestas sexta-feira (28) e sábado (29).

Revista Fórum.

guazelli

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