O vice-presidente Hamilton Mourão disse ontem (16), que tanto a sociedade como o governo tem o entendimento que é preciso mudar o sistema de tributação do país. “O que eu acho mais importante é que o conjunto governo e sociedade entenderam, há algum tempo, que precisa ser reformado o nosso sistema de tributos, reorganizando e tornando uma base menor do que nós estamos pagando hoje, ao mesmo tempo que produza resultados para o país”, disse em entrevista à TV Brasil, após participar do lançamento do Instituto Brasil 200.

O instituto é uma articulação de empresários em favor de um imposto único. A proposta é extinguir todos os tributos, a começar pelos federais, e substituí-los por um imposto cobrado sobre movimentações financeiras.

Mourão demonstrou simpatia pela ideia. “Vamos baixar essas alíquotas e alargar a base de pagamentos. Não preciso citar aqui que a corrente mais moderna de comércio passa ao largo das tributações”, disse o vice-presidente ao defender que os valores cobrados pelos impostos sejam reduzidos de forma a possibilitar um aumento no número de contribuintes, inclusive de setores que não são atualmente cobrados. “Então, a ideia de tributar as movimentações financeiras faz sentido”, disse, concordando com a proposta do Brasil 200.

Pressa

“Não pode fugir da reforma tributária. É objetivo do governo [do presidente Jair] Bolsonaro resolver esse problema até o final do ano”, enfatizou o vice-presidente sobre as prioridades do governo. “A reforma tributária é mais do que necessária para a gente conseguir colocar o Brasil em uma agenda de produtividade positiva, nós temos uma agenda de produtividade baixa”, acrescentou.

Além de reduzir a carga de impostos cobrada dos contribuintes, Mourão disse que a reforma deve reorganizar o sistema, tornando-o mais simples. “O nosso sistema tributário é caótico, é complicado, nós temos tributos federais, estaduais, municipais, e eles se confundem”.

A reorganização e a diminuição dos valores dos impostos são uma forma, segundo o vice-presidente, de reduzir a informalidade e a sonegação. “Após reorganizar o sistema, nós temos que chegar a uma base tributária que traga todo mundo para pagar imposto. Aí, o Estado não vai perder recurso e vai ter capacidade de entregar o que a sociedade espera dele”.

Agência Brasil.

Imagem: Arquivo.

guazelli

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