Embora tenha sido eleito com um discurso moralizante e prometer que acabaria com o que chamava de “mamata” nos cargos públicos, o presidente Jair Bolsonaro não acha inadequada a nomeação de parentes e assumiu prática ao comentar a reportagem do jornal O Globo que revela que ele e seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos empregaram 102 pessoas com laços familiares nos últimos 28 anos.
“Que mania que todo parente de político não presta? Eu tenho um filho que está para ir para os Estados Unidos e foi elogiado pelo Trump. Vocês massacraram meu filho, a imprensa massacrou, (chamou de) fritador de hambúrguer”, reagiu Bolsonaro.
Em tom indignado, o presidente disse que nem possui 102 parentes, sendo corrigido pelos repórteres de que se tratava não apenas de familiares seus, mas de funcionários também, como por exemplo a personal trainer Nathália Melo de Queiroz, ex-assessora de Jair Bolsonaro na Câmara e filha do motorista Fabricio Queiroz, que não dava expediente na Câmara dos Deputados e repassava 80% de seus vencimentos ao pai.
Bolsonaro disse que nomeou parentes apenas no período em que o Supremo Tribunal Federal (STF) não proibia esse tipo de nomeações. A reportagem informa que o então deputado já empregou ex-sogros em seu gabinete na Câmara. “Já botei parentes no passado, sim, antes da decisão de que nepotismo seria crime. Qual é o problema?”, indaga o presidente que nomeou o filho Eduardo Bolsonaro para ocupar a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
Reportagem: Revista Fórum.
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