Palco de diversos acidentes fatais e “presente” eleitoral de candidatos ao governo do estado, deputados estaduais, prefeitos e vereadores, o início das obras de duplicação da Rodovia dos Minérios está longe de começar.
Ocorre que após ser vencida na licitação, que vai do trecho Curitiba/Almirante Tamandaré (4,74 km), a Odebrecht entrou com um mandado de segurança na justiça contra o consórcio Triunfo – que vencera na época por oferece o valor menor (R$ 83.654.594,47). Segundo o acórdão proferido pelo Relator Desembargador Leonel Cunha, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, em 30 de julho, o consórcio Triunfo não poderia ter vencido a licitação pois apresentou um porcentual de “mobilização e desmobilização” superior àquele orçado pelo DER-PR.
Seguiram o voto do relator os desembargadores Luiz Mateus De Lima e Renato Braga Bettega. A Odebrecht ofereceu R$ 90.667.327,44 para realizar a ampliação e duplicação.
De acordo com o documento que favoreceu a desclassificação da Triunfo, a empresa teria apresentado a proposta de cronograma físico-financeira, com a previsão de medição no primeiro mês, de 30% e no segundo mês 40% por cento. Ou seja, as parcelas percentuais de pagamento do DER-PR atingiriam 70% antes do cumprimento de 1/3 das obras.
Ainda que o DER-PR teria publicado que as obras iniciariam no fim deste mês, o processo cabe recurso em instâncias superiores (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal). Por fim é lembrado que a licitação ocorreu no dia 12 de dezembro de 2017, arrastando o início da duplicação por mais alguns anos.
Enquanto este sonho não vem, mais familiares deverão chorar por seus entes queridos vitimados, em acidentes fatais, registrados quase diariamente pela imprensa.
O outro lado
Questionada pela reportagem se de fato a empresa iniciaria as obras no fim de setembro, a assessoria de imprensa da Odebrecht não quis comentar o caso. A Triunfo não respondeu aos nossos questionamentos.
Reportagem: Pedro Lima.
Imagem: Agência Estadual de Notícias.
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