Jair Bolsonaro se reuniu nesta terça-feira (7) com o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, após críticas dos militares ao posicionamento do Itamaraty e do próprio presidente no conflito entre Estados Unidos e Irã.

Segundo reportagem do Uol, uma batalha se instalou nos bastidores do governo entre militares e a diplomacia do chanceler Ernesto Araújo com o conflito no Oriente Médio.

A cúpula militar estaria tentando tomar à frente para evitar declarações como a nota emitida pelo Itamaraty no dia 3, em que o governo brasileiro manifesta “apoio à luta contra o flagelo do terrorismo”, que resultou na convocação da encarregada de negócios da embaixada do Brasil no país, Maria Cristina Lopes, para dar explicações ao governo iraniano.

Os militares estariam preocupados com o risco geopolítico no alinhamento com os Estados Unidos, além do prejuízo comercial nas relações com o Irã.

Uma grande preocupação se dá em razão do encontro entre aliados militares dos EUA, que acontece no Brasil nos próximos dias 5 e 6 de fevereiro, que deve servir como palanque de Trump para manifestação de apoio a ação estadunidense.

Na reunião, Bolsonaro teria a intenção de acalmar os ânimos dos militares, mas demonstrou que não pretende ceder no apoio aos EUA.

Bolsonaro não deu declarações sobre a reunião e foi seguido pelo ministro Azevedo e Silva, que disse apenas que “por enquanto” não comentaria sobre apoio ao Estados Unidos em caso de uma guerra contra o Irã.

Revista Fórum.

Imagem: Presidência da República.

guazelli

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