Em sua delação fechada com a Lava Jato do Paraná, o empresário Alexandre Suarez detalhou a divisão da propina na construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador.
Para que a Mendes Pinto Engenharia vencesse a licitação da obra, segundo Suarez, foi cobrado o valor aproximado de 9,6 milhões de reais em propinas, que seriam assim distribuídas:
— 1/3 para o comitê nacional do PT, via João Vaccari;
— 1/3 para o PT Bahia, via Cartas Daltro, operador financeiro de Jaques Wagner;
— 1/3 para os operadores da Petros e da Petrobras, via Armando Tripodi, Wagner Pinheiro e seu assessor, Adeitson Telas, e Newton Carneiro, então diretor administrativo da Petros.
Propina da Torre Pituba na sede da Fundação Petros
O ex-presidente da Petros Luis Carlos Fernandes Afonso recebeu R$ 500 mil em propina na sede do fundo de pensão, segundo relato do empresário Mario Suarez em sua delação na Lava Jato.
Suarez afirma que o dinheiro foi pago para garantir a assinatura de um aditivo contratual para a construção da Torre Pituba, elevando o valor em 6%. Ele afirmou que havia um movimento de Luis Carlos Fernandes dificultando a efetivação do aumento, o que prejudicava os pagamentos para a empresa MPE.
“Que Paulo Afonso [sócio da MPE] esteve com Luiz Carlos Fernandes no mês de junho de 2012 e informou ao depoente que tinha acertado com ele o pagamento de R$ 500 mil; Que, de fato, em julho de 2012 o aditivo contratual foi assinado; Que Luiz Cardos Fernandes Afonso recebeu o total de R$500.000.00 (quinhentos mil reais) a partir do segundo semestre de 2012. entregues pessoalmente e em espécie por Paulo Afonso, na sede da Fundação Petros, no Rio de Janeiro”.
Com informações do site O Antagonista.
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