O ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro por telefone e ficou constrangido quando questionado se concordava com a inclusão da menção “a pedido” na exoneração que seria publicada no Diário Oficial na madrugada. O delegado respondeu que essa decisão não cabia a ele, segundo o UOL.

Na noite de quinta-feira (23), Valeixo recebeu uma ligação da equipe do presidente e, mais adiante, Bolsonaro assumiu o telefonema. Ainda de acordo com o UOL, o delegado disse a colegas que não respondeu “nem que sim, nem que não” e que “não poderia concordar com alguma coisa”. Ele teria contado ainda que nem sequer assinou documento pedindo demissão.

A versão é a mesma dada pelo agora ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Ao comunicar sua demissão, Moro acusou Bolsonaro de interferir na PF por conta de investigações que envolvem seus filhos e aliados.

O presidente insiste na versão de que Valeixo queria sair e que estava cansado. Moro declarou que o delegado estava cansado da pressão do presidente.

Reportagem de Ricardo Ribeiro, da Revista Fórum.

guazelli

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