O general Eduardo Pazuello, que assumiu a chefia do Ministério da Saúde após a demissão de Nelson Teich, deve assinar nos próximos dias, a mando de Jair Bolsonaro, um protocolo para liberar o uso da cloroquina no tratamento de Covid-19 até mesmo para pacientes com sintomas mais leves. As informações são do Estadão.
Atualmente, há uma diretriz do Ministério para liberar a substância apenas nos casos mais graves, já que ela pode causar uma série de efeitos colaterais graves. Além disso, a eficácia da substância para o tratamento de Covid-19 não foi comprovada por nenhum estudo científico, em lugar nenhum do mundo, e seu uso vem sendo administrado de acordo com a autonomia de cada médico, de acordo com o caso.
Bolsonaro, no entanto, insiste em instituir o uso da cloroquina como parte de um plano de governo, até mesmo para pacientes com sintomas mais leves, indo contra até mesmo sua inspiração, o presidente dos EUA, Donald Trump, que foi um contumaz propagandista do medicamento mas voltou atrás após mais estudos questionarem a efetividade da substância.
O fato de Bolsonaro impor a defesa da cloroquina ao ex-ministro Nelson Teich foi o principal motivo para o seu pedido de demissão. “Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”, teria dito Teich.
O general Pazuello, que assumiu interinamente a pasta, é descrito por servidores do ministério como um general “casca grossa” e teria irritado vários integrantes da equipe de Teich. Segundo apuração da revista Veja, Bolsonaro ampliou a indicação de militares para cargos técnicos da Saúde e haveria uma teoria entre os fardados de que a pasta é um antro de corrupção e que eles têm a missão de limpar.
Revista Fórum.
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