A defesa de Sara Fernanda Giromini, bolsonarista e militante de extrema-direta que se autodenomina Sara Winter, informou que pediu à Embaixada dos Estados Unidos asilo político à cliente. O pedido foi negado no início da semana passada.
As informações são do advogado Bertoni Barbosa de Oliveira. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, ele disse não poder dar detalhes, mas descreveu a solicitação como feita de maneira informal, em uma articulação junto à embaixada.
Segundo o defensor, a negativa teria sido em razão da pandemia do coronavírus. No dia 24 de maio, os EUA anunciaram a proibição da entrada de viajantes vindos do Brasil. Outro complicador, de acordo com Barbosa, é que Sara teria que ficar na embaixada dos EUA em Brasília sem se pronunciar até a que a viagem fosse autorizada.
“Ela teria que ficar na embaixada sem se pronunciar, porque tem algumas regras. Então, ela não poderia fazer o que faz hoje. Teria que ficar quietinha até a abertura, que ninguém sabe quando”, disse.
O advogado também citou os protestos no país pela assassinato de George Floyd. “Veio essa convulsão social. O Trump não está com cabeça para conceder asilo político nessas circunstâncias”, completou.
Sara Winter é um dos alvos do inquérito do Supremo Tribunal Federal sobre as redes de fake news bolsonaristas. Convocada para depor, ela ameaçou o o ministro relator, Alexandre de Moraes. O pedido de asilo foi realizado depois que Moraes solicitou à Procuradoria-Geral da República que investigue as ameaças.
Reportagem de Ricardo Ribeiro, da Revista Fórum.
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