O ex-presidente Lula (PT) comentou durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (10) sobre a sequência de tuítes do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com diversos elogios ao petista. Lula disse que está aberto a conversar com o deputado.

“Eu já conheci Rodrigo Maia fazendo duras críticas a mim quando eu era presidente. Eu não achei ruim quando ele fez as críticas, se ele fala bem de mim agora, obviamente fico lisonjeado, mas não posso ficar julgando”, disse Lula.

“Se Maia resolveu reconhecer algum mérito do que eu fiz nesse país, eu fico agradecido. E se for necessário eu converso com ele, já conversei com tanta gente”, completou.

 Na sequência, Lula diz que aceitaria uma conversa com Maia sobre “tirar Bolsonaro” do poder. “Estou aberto a conversar com qualquer pessoa que queira conversar sobre democracia, sobre vacina, sobre auxílio emergencial e sobre emprego. Se quiser dar um passo a mais e quiser conversar sobre como tirar o Bolsonaro, eu estou mais feliz ainda”, finalizou o ex-presidente.

O ex-presidente da Câmara usou as redes para afirmar, nesta quarta-feira (10), que “você não precisa gostar do Lula para entender a diferença dele para o Bolsonaro. Um tem visão de país; o outro só enxerga o próprio umbigo”.

Trechos
Confira alguns trechos do pronunciamento do ex-presidente Lula.

“Se tem um cidadão que tem razão de estar magoado com as chibatadas, sou eu. Eu sei que eu fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história. Eu sei que a minha mulher, a Marisa, morreu por conta da pressão e o AVC se apressou. Eu fui proibido até de visitar o meu irmão dentro de um caixão”, disse o ex-presidente.

“Eu tinha tanta consciência do que estava acontecendo no Brasil, que eu sabia que esse dia chegaria. E ele chegou”, completou o petista.

“Esta dor que a sociedade brasileira me faz dizer para vocês: a dor que eu sinto não é nada diante da dor que sofre quase 270 mil pessoas que viram seus entes queridos morrer. Seus pais suas avós, suas mães, e sequer puderem se despedir dessa gente. Quero prestar minha homenagem às vítimas e familiares das vítimas do Coronavírus. Aos profissionais de saúde, aos heróis e heroínas do SUS, que foram descredenciados. E quando veio o coronavírus, se não fosse o SUS teria morrido muito mais gente que já morreu”.

Reportagem de Luisa Fragão, da Revista Fórum.

guazelli

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