Com um desejo desde os tempos da eleição presidencial de 2018, com promessa de campanha, o Governo Bolsonaro vai preparar a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para ser privatizada. Caso ocorra conforme o que disse o ministro das Comunicações, Fábio Faria – e genro de Silvio Santos, o Governo Bolsonaro perderá toda a sua comunicação social.
A EBC entrará no Programa Nacional de Desestatização (PND), conduzido pelo Ministério da Economia em parceira com o BNDES. “O BNDES vai contratar uma consultoria e nós iremos receber os estudos que virão”, disse o ministro em entrevista à imprensa após reunião com o presidente da EBC, Glen Valente, e representantes do Ministério da Economia.
A empresa acompanha diariamente os atos do Presidente Jair Bolsonaro, dos ministros e demais autoridades do Governo Federal. A Agência Brasil, pertencente à EBC, escreve matérias e disponibiliza as fotos dos atos do Governo Federal gratuitamente. Com isso diversos sites e portais de notícias pequenos tem disponíveis discursos de posse, em viagens, atos do governo e entrevistas exclusivas.
Além da Agência Brasil, que possui 84 anos de existência (considerando a criação da Agência Nacional no Governo Vargas), Bolsonaro estaria ameaçado de não ter nenhum dos seus atos vinculados na íntegra na TV Brasil Rio de Janeiro (45 anos), TV Brasil da Capital (60 anos), TV Brasil São Paulo (13 anos), TV Brasil Gov (23 anos), TV Brasil Internacional (10 anos), Rádio Nacional RJ (83 anos), Rádio Nacional Brasília (62 anos), Nacional FM (45 anos), Rádio Nacional da Amazônia (44 anos), Rádio Nacional do Alto Solimões (15 anos), MEC FM (37 anos), Rádio MEC (97 anos), Radioagência Nacional (17 anos), Rede Nacional de Rádio e a Voz do Brasil – o programa mais antigo do rádio.
Bolsonaro em vez de ganhar com a privatização, perderia em muito com a venda de todas as empresas mencionadas acima e que possui amplo histórico com o país – além da credibilidade que ambas tem com a sociedade.
Reportagem: Pedro Lima.
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