O comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, decidiu nesta segunda-feira (24) abrir uma apuração disciplinar contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A investigação preliminar vai apurar se Pazuello violou regulamentos das Forças Armadas ao participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro neste domingo (23).

O regimento militar impede de “manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária”. O ex-ministro, que é da ativa, não teria pedido autorização e o comandante do Exército já estaria planejando mandar Pazuello para a reserva. O ex-ministro tem agora 10 dias para apresentar sua defesa.

O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou em entrevista na manhã desta segunda-feira (24) que Pazuello sabe que errou ao participar de ato político convocado por Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro neste domingo (23) e aguarda a punição pelo Exército.

“Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro”, disse Mourão, que é general da reserva.

Segundo Mourão, Pazuello pode pedir para ir para a reserva a fim de reduzir a punição. “É provável que seja [punido]. É uma questão interna do Exército. Ele [Pazuello] também pode pedir transferência para reserva e aí atenuar o problema”.

Reportagem de Ivan Longo, da Revista Fórum.

guazelli

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