O Alto Comando do Exército está pressionando o general Eduardo Pazuello para que ele tome a iniciativa de pedir a transferência da ativa para a reserva. Mas o ex-ministro da Saúde se recua até o momento a ceder. Pazuello está com medo das consequências políticas e jurídicas de um novo depoimento seu na CPI da Covid, onde ele passou a ser o foco principal.
Até o fim da tarde desta terça-feira (25), as conversas de integrantes do Alto Comando do Exército com o general Pazuello foram infrutíferas.
Reportagem da Folha de S.Paulo informa que Pazuello disse a seus interlocutores que não pretendia pedir a transferência para a reserva.
Mas a ida do general para a reserva ainda não está descartada, pois prossegue a pressão. Integrantes do Alto Comando do Exército estão de que a participação em um palanque político foi uma transgressão disciplinar, que pode ter consequências negativas ao contaminar o comportamento de escalões inferiores.
Pazuello tem três dias úteis para dar explicações formais ao Comando do Exército, que instaurou um procedimento formal para apurar sua conduta.
As punições previstas pelo regulamento do Exército advertência, repreensão, prisão ou exclusão dos quadros, de acordo com gravidade e atenuantes do caso.
A decisão sobre punição é do comandante da Força, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que é obrigado a agir, a menos que se exponha ao risco de ser enquadrado como transgressor, conforme o regulamento disciplinar do Exército.
Segundo integrantes do Alto Comando, Pazuello não pode ser mandado compulsoriamente para a reserva. Esse gesto deveria partir dele.
Brasil247.
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