Parlamentar formada pelo “Movimento Acredito”, do empresário Jorge Paulo Lemann, Tabata Amaral foi muito criticada nos últimos anos por ter “mudado de lado”, deixando de apoiar causas trabalhistas e votando junto com a base governista.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a deputada federal Tabata Amaral (PDT) a se desfiliar da legenda trabalhista. Por seis votos a um, os ministros garantiram que a parlamentar poderá sair do partido sem que necessite perder o mandato.

A corte considerou válido o argumento da deputada de que houve “justa causa”, após a ela ter votado a favor da reforma da previdência e contrário ao partido, em 2019, junto a outros sete parlamentares.

Na época, o presidente do partido, Carlos Lupi, chegou a atacar diretamente a deputada e o “Movimento Acredito”, grupo que alavancou a campanha da deputada, escreve o Congresso em Foco.

Com os ataques, que contaram com seguidas ameaças de expulsão e mesmo a suspensão de direitos na Câmara, Tabata se sentiu desgostosa do partido e passou a questionar seu direito a sair na Justiça. “O PDT deixou de ser o meu partido”, disse a deputada há uns meses.

No julgamento, realizado nesta terça-feira (25), o relator Sérgio Silveira Banhos concordou com o pedido de desfiliação e foi seguido pela maioria. Apenas o ministro Edson Fachin votou contra a possibilidade de desligamento.

Em suas redes sociais, a deputada comemorou a decisão.​ “Essa decisão do TSE me enche de esperança pois, para mim, é uma demonstração que o caminho da boa política compensa, e que não vamos mais tolerar que a política seja pautada por interesses pessoais, embates de ódio e machismo”, escreveu.

Reportagem de  © Sputnik.

guazelli

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