O ex-presidente na Câmara Federal de Deputados Rodrigo Maia disse nesta segunda-feira (26), durante entrevista ao programa Verdade & Expressão, que o ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, “finge que vai tributar os super-ricos, mas só os beneficia”.
Maia, que acaba de deixar o DEM e está sem partido, conversou durante uma hora com o advogado Rafael Guazelli, onde falou sobre reforma tributária, eleição presidencial, crise do governo Bolsonaro, privatizações, financiamentos públicos de campanha, além de outros temas.
Durante o programa, ele criticou o abandono por parte do governo da discussão da reforma tributária. “Se o ministro Guedes não fosse tão obcecado pela criação de uma nova CPMF, teria apoiado a PEC 45, que unificaria os impostos sobre consumo”, explicou.
“O ministro atrapalhou as discussões porque não tem um projeto para o tema e por isso ficou criando obstáculos. Tanto que abandonou o nosso e, agora que ganharam a presidência da Câmara, não apoiam o projeto do governo, que unifica o PIS e Cofins”, criticou.
Para Maia, as propostas levantadas por Guedes até o momento não diminuem as distorções e a desigualdade no país. “Hoje não vejo nenhuma atitude que chegue na base da sociedade e ajude na retomada do crescimento. Se quiserem uma política social, precisam criar dentro do orçamento”, apontou.
O deputado federal carioca também afirmou que é contra o aumento do financiamento público de campanhas, que pode sair dos atuais R$ 2 bilhões e chegar a R$ 4 bilhões, porque no atual momento de crise a sociedade não entenderia.
E disse que Lula deve estar no segundo turno das eleições presidenciais do ano que vem. “Estou disposto a conversar com todos, inclusive com o Lula”, finalizou ao apontar o nome de Ciro Gomes como um forte pré-candidato.
Reportagem de Valdeci Lizarte, para o Verdade&Expressão.
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