Boatos usados pelo presidente Jair Bolsonaro em transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira (29) para “provar” uma suposta fraude eleitoral já haviam sido desmentidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Durante a live, o TSE divulgou em suas redes sociais checagens que já haviam sido feitas anteriormente sobre boatos que circulavam sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Em um vídeo, o tribunal explica que 46 países usam urnas eletrônicas e 16 adotam sistema que não possui impressão de comprovante. Bolsonaro afirmou que eram apenas 3.
O TSE destacou também que a suposta fraude que Bolsonaro denunciou ter ocorrido em Caxias (MA) não aconteceu. “Para investigar o boato criado em 2008, a Polícia Federal periciou as 10 urnas eletrônicas supostamente violadas e descartou violação física e adulteração dos programas instalados no aparelho, assim como a presença de arquivos contaminados por vírus”, diz publicação.
Outro boato desmentido diz respeito a uma suposta apuração “secreta”. “A apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica ao encerramento da votação. Os dados criptografados são transmitidos ao TSE, que checa a autenticidade/integridade e faz a totalização, em processo PÚBLICO e auditável”, apontou o tribunal no Twitter.Bolsonaro também recorreu a uma perícia antiga da Polícia Federal para dizer que o voto impresso seria essencial. A corporação, no entanto, publicou avaliação em 2019 na qual dizia que novas barreiras de segurança da urna eletrônica adotadas pelo TSE eram eficazes.
O tribunal ainda reafirmou que as urnas possuem um arquivo chamado Registro Digital do Voto (RDV), o que garante o voto auditável.
Reportagem de Lucas Rocha, da Revista Fórum.
Comentar