Pelo menos 12 militares dos EUA, entre eles componentes do Corpo de Fuzileiros Navais (US Marine Corps), morreram nos dois atentados em sequência ocorridos nesta quinta-feira (26) nos arredores do aeroporto Hamid Karzai, em Cabul, capital do Afeganistão. O total de vítimas fatais, ainda não confirmado, seria de mais de 60.
Segundo informações repassadas pelo Pentágono, o centro operacional militar norte-americano, dois carros-bomba foram detonados em meio à multidão que se aglomera há dias no entorno do aeródromo, na tentativa de fugir do país após o grupo radical islâmico Talibã retomar o controle político no Afeganistão, ocupado por tropas ocidentais desde 2001, numa reação aos atentados de 11 de setembro.
Agências internacionais relatam caos na área que circunda o aeroporto da capital afegã, onde também está instalada a embaixada dos EUA. No local das explosões havia também muitos estrangeiros, civis e militares, de várias nacionalidades. Eles exerceram diversas funções durante os 20 anos de ocupação do país e agora aguardam voos emergenciais para retirá-los de lá.
O general Kenneth McKenzie Jr, chefe do Comando Central dos EUA, organismo militar unificado responsável por tropas norte-americanas em 20 países, disse em entrevista coletiva nesta tarde que acredita em novos ataques e que as explosões do lado de fora do Hamid Karzai “não serão as únicas”.
As tropas que estão atuando na evacuação de afegãos e estrangeiros no aeroporto internacional de Cabul, segundo o jornal The New York Times, são compostas por 5.800 militares, especialmente membros do Corpo de Fuzileiros Navais, um dos grupos de elite das Forças Armadas dos EUA, que foram despachadas para esta missão pelo presidente Joe Biden há pouco mais de uma semana.
Reportagem de Henrique Rodrigues, da Revista Fórum.
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