O presidente Jair Bolsonaro não vai mais convocar o Conselho da República. Apesar de ter falado em discurso feito neste 7 de Setembro que o faria, assessores do chefe do Executivo garantem que a reunião será do Conselho de Governo. Ao contrário do outro, este órgão é formado apenas por membros de seu gabinete.

Segundo o jornalista Guilherme Waltenberg, do Poder 360, assessores de Bolsonaro afirmaram que o presidente “se confundiu” com os nomes dos conselhos. Isso, no entanto, parece ser um recuo diante da reação negativa de integrantes do órgão.

Informações obtidas pela Fórum dão conta de que o Congresso Nacional ficou insatisfeito com o anúncio da convocação durante ato golpista de Brasília. Diante do fracasso das manifestações golpistas deste 7 de setembro, que foram bem menores que o esperado, Bolsonaro lançou essa cartada para tentar constranger os outros Poderes. Acontece que o conselho possui, além de membros do Executivo, dez representantes do Congresso Nacional.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição no Senado, chegou a anunciar que o Senado indicaria ele e o senador Omar Aziz (PSD-AM) como membros do Conselho, caso este fosse mesmo realizado. Aziz e Randolfe são, respectivamente, presidente e vice-presidente da CPI do Genocídio – uma pedra no sapato de Bolsonaro.

Críticos ao governo teriam ao menos outras três cadeiras. Renan Calheiros (MDB-AL), como líder da Maioria no Senado e relator da CPI, Jean Paul Prates (PT-RN), como líder da Minoria no Senado, e Marcelo Freixo (PSB-RJ), que é líder da Minoria na Câmara, estariam no conselho – junto a Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidentes da Câmara e do Senado.

Reportagem de Lucas Rocha, da Revista Fórum.

guazelli

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