Cerca de duas semanas após realizar diligências na sede da Prevent Senior, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autuou a operadora de saúde por não informar pacientes sobre o uso de medicamento ineficazes no tratamento contra a Covid-19. O plano de saúde é investigado pela CPI do Genocídio e pelo Ministério Público por ter supostamente usado pacientes como cobaias humanas para experimentos com hidroxicloroquina, ivermectina e outras drogas
Segundo informações da jornalista Raquel Landim, da CNN Brasil, a ANS comunicou a rede da autuação na segunda-feira (27), véspera do depoimento bombástico da advogada Bruna Morato à CPI do Genocídio. Morato representa o grupo de médicos que elaborou o dossiê que denunciou a Prevent por fazer pacientes de cobaias.
Segundo a CNN, a agência reguladora já tem “evidências suficientes” de que a rede usou o chamado “kit Covid” sem consultar os pacientes. A ANS tem ligado para os pacientes que foram vítimas dos experimentos da Prevent.
A multa prevista é de R$ 25 mil por paciente e pode ser multiplicada por se tratar de “dano coletivo”. O faturamento líquido da Prevent durante a pandemia foi de R$ 4,3 bilhões.
Entre as revelações bombásticas levadas por Morato à CPI estão como a obrigatoriedade de profissionais de saúde receitarem o tal “kit Covid”, sob pena de serem demitidos se não o fizesse, a utilização desses medicamentos sem qualquer eficácia como estratégia para economizar com as internações, as relações da Prevent Senior com funcionários do chamado “gabinete paralelo” da Saúde, assim como com integrantes do Ministério da Economia e a suposta garantia de impunidade dada pelo governo Bolsonaro à direção do plano de saúde.
A revelação sobre a a impunidade parece envolver a ANS. Segundo Morato, o gabinete paralelo garantiu “proteção” à rede para evitar fiscalizações do Ministério da Saúde e seus órgãos – o que parece incluir a agencia responsável por fiscalizar a saúde privada.
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