Na manhã desta terça-feira (26), foi protocolada a nova versão do relatório final da CPI da Covid. Diferente da primeira versão, agora o documento conta com 78 pessoas indiciadas, 12 a mais do que anteriormente divulgado, segundo o G1.

Além dos indivíduos, duas empresas estão na lista, totalizando 80 indiciados.

De acordo com a mídia, relatório será votado ainda hoje (26) e, em seguida, será encaminhado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão ao qual caberá conduzir as investigações sobre indiciados com foro privilegiado.

As investigações sobre pessoas sem foro serão remetidas para a primeira instância do Ministério Público Federal (MPF).

A lista de indiciados contém nomes importantes da seara política brasileira, como o próprio presidente, seus filhos parlamentares, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o atual ministro da pasta Marcelo Queiroga, o ministro do Trabalho Onyx Lorenzoni, o líder do governo na Câmara Ricardo Barros (PP-PR), entre outros.

A comissão também decidiu incluir o governador do Amazonas,Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde estadual Marcellus Campêlo, de acordo com a mídia.

Os novos nomes acrescentados são de pessoas com menor evidência, mas que contribuíram, na visão da comissão, para desinformação ou supostamente participaram de esquemas de corrupção.

Bolsonaro e redes sociais

O relatório final também solicita que Bolsonaro seja afastado de todas as redes sociais por disseminar notícias falsas sobre a COVID-19, como na última quinta-feira (21), quando disse que vacinas contra o vírus estavam desenvolvendo Aids nos inoculados, relatou a mídia.

Também nesta manhã (26), os senadores aprovaram um requerimento feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para que seja pedida a suspensão nas redes sociais do presidente da República, de acordo com o UOL.

O texto do documento diz que ao propagar notícias falsas e ataques às instituições, o presidente não está simplesmente divulgando uma opinião pessoal. Na avaliação dos membros da comissão, Bolsonaro, como presidente da República, dá declarações que têm “natureza de decisão oficial”.

“É importante reiterar que a propagação de informações falsas e os ataques às instituições não se limitam à opinião pessoal de Jair Bolsonaro. Ao assumir a Presidência da República, ele assumiu as responsabilidades e atribuições do cargo em que ocupa, de forma que suas declarações têm a natureza de decisões oficiais, que influenciam fortemente a população. Dessa maneira, conclui-se que o presidente foi ator relevante na propagação de comunicação falsa em massa no que se refere à pandemia”, afirma um trecho do texto.

Ontem (27), o Instagram e o Facebook tiraram do ar, pela primeira vez, uma live do presidente. Em março de 2020, as plataformas deletaram um vídeo gravado no qual ele aparece provocando aglomerações em um passeio em Brasília.

O YouTube já removeu 33 vídeos do canal do presidente desde abril, segundo o blog Sonar do jornal O Globo.

De acordo com a mídia, a plataforma atualizou suas políticas para proibir vídeos que recomendem o uso de hidroxicloroquina e ivermectina, medicações que já foram comprovadas serem sem eficácia para o tratamento da doença.

Em setembro, uma nova atualização mirou teorias conspiratórias e desinformação sobre a vacina. Os vídeos de Bolsonaro se encaixariam em todos esses quesitos e, por isso, caíram.

Reportagem de © Sputnik.

guazelli

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