O presidente Jair Bolsonaro afirmou à rede de TV italiana SkyTg24 que sempre foi favorável à vacinação contra a Covid-19 e que a responsabilidade pela tragédia que ocorreu no Brasil durante a pandemia foi “da esquerda e da oposição”, que não fizeram nada pelo problema. Há poucos dias ele foi banido das redes sociais por afirmar que o imunizante anti-Sars-Cov-2 provocava Aids.
“Nós sempre fomos a favor da vacina. Eu destinei muitos fundos para a compra das vacinas e isso aconteceu. Porém eu penso que os médicos devem ter a autonomia sobre como tratar o paciente e qual remédio escolher para a cura”, disse o líder extremista, mentido abertamente depois de passar quase um ano negando a eficiência das vacinas, dificultando a chegada das doses e incentivando a população a não se imunizar.
Encurralado pelo jornalista Michele Cagiano, que o entrevistava, sobre qual seria, então, o porquê dos 607 mil mortos pela doença no Brasil, Bolsonaro deu uma resposta inacreditável: Lula.
“Lula me acusa de genocídio porque é um oportunista”, disse, sem explicar qual era a relação entre o ex-presidente que está fora do cargo há 11 anos e o morticínio sobre o qual tripudiou e fez piada.
A bobajada sem nexo continuou e o ocupante do Palácio do Planalto disse que sua eleição em 2018 seria “um milagre que salvou o Brasil”, ignorando totalmente a devastação social e econômica do país, que sob sua breve gestão de três anos sofreu o maior empobrecimento da história, com mais da metade da população em situação de insegurança alimentar, milhões de desempregados, inflação recorde desde a criação do real e uma multidão de desamparados catando ossos e lixo para comer.
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