O alto escalão do Itamaraty passará por mudanças, uma tentativa de rever as transformações que a entidade teve após a gestão de Ernesto Araújo no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Segundo o jornal Valor Econômico, as trocas já foram decididas pelo ministro Carlos França, mas a “dança das cadeiras” ainda depende de indicações formais do presidente brasileiro e da realização de sabatina no Senado.
O diplomata Michel Arslanian é cotado para deixar o departamento do Mercosul e assumir Secretaria das Américas, que responde por importantes negociações de acordos de livre comércio e por outros temas mais sensíveis da política externa, como o relacionamento com o governo de Joe Biden e a Venezuela.
O embaixador do Brasil em Tóquio, Eduardo Saboia, é especulado para ficar com a Secretaria de Ásia, Pacífico e Rússia, sendo responsável pela agenda bilateral com a China, a Índia e o Kremlin.
O diplomata ganhou prestígio de setores conservadores no Brasil após protagonizar a fuga cinematográfica do senador boliviano Roger Pinto Molina, que fugiu do país andino em um carro da embaixada brasileira dirigido por Saboia até o Brasil.
O decreto de redesenho do Itamaraty, com alterações no organograma e nos nomes de algumas secretarias, deve sair nas próximas semanas, garante a publicação do jornal.
A ideia é realocar diplomatas e redefinir as prioridades do governo federal no âmbito das relações internacionais. A Secretaria de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania deve virar a Secretaria de Assuntos Políticos Multilaterais.
A comunicação do Itamaraty também deve ser reformulada. Rebaixada para um departamento após a chegada de Ernesto Araújo, em janeiro de 2019, ela volta a funcionar como uma assessoria especial vinculada diretamente ao gabinete do ministro das Relações Exteriores, sinal de prestígio e de reconhecimento da importância da imprensa.
Reportagem de © Sputnik.
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