Questionado sobre as ameaças autoritárias apontadas pelo ministro do TSE Edson Fachin, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que deixa o cargo no próximo dia 22, considera em entrevista à Folha de S.Paulo que não há uma ameaça real ao processo eleitoral de 2022. 

Ele ressalta, contudo, que “houve momentos de preocupação, como o comício na porta do quartel-general do Exército, como tanques de guerra na Praça dos Três Poderes, como ataques infundados ao sistema eleitoral, o pronunciamento do 7 de Setembro com ofensas ao ministro do Supremo e a declaração de que não cumpriria mais decisões judiciais”.

De acordo com Barroso, “são sinais preocupantes”, mas as instituições reagiram, “demonstrando a vitalidade da democracia”.

Barroso rechaçou os ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral: “Eu acho que a percepção crítica do sistema eleitoral é de uma parcela muito pequena da população. O próprio Datafolha fez a pesquisa e deu pouco mais de 20%”.

Sobre as fake news na campanha eleitoral deste ano, o ministro disse que “a desinformação em si é um problema. E destaca que o TSE tem uma comissão permanente de enfrentamento à desinformação.

Barroso anunciou que nesta terça-feira (15), o TSE assinou “parcerias com todas as principais redes sociais que operam no Brasil para o enfrentamento da desinformação, sobretudo dos chamados comportamentos inautênticos, que é a utilização de robôs, perfis falsos e trolls —pessoas contratadas para difundir notícias falsas—, e para minimizar o risco dos disparos em massa ilegais. Estamos tomando as providências possíveis, sobretudo para a proteção do sistema eleitoral”.

Reportagem de Brasil247.

guazelli

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