Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), analisou uma petição do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e estabeleceu prazo de cinco dias para que a presidência da República esclareça “as condições oficiais de participação” do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na comitiva presidencial que esteve na Rússia, entre os dias 14 e 16 de fevereiro.

O ministro ordenou que sejam apresentados dados a respeito da agenda do filho do presidente e dos gastos, como eventuais diárias. 

Moraes determinou, ainda, que a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro informe, dentro do mesmo prazo, se Carlos solicitou licença oficial para a viagem internacional.

A petição de Randolfe solicita, também, que a Corte investigue a presença do assessor Tercio Arnaud

O pedido do senador ocorreu dentro do âmbito do inquérito que apura a atuação de uma milícia digital, voltada a ataques  à democracia e ao judiciário, que conta, segundo a Polícia Federal, com a participação de um grupo de assessores da presidência e aliados de Bolsonaro. O grupo é chamado de “gabinete do ódio”.

Segundo o Randolfe, as presenças de Carlos Bolsonaro e Tércio Arnaud na viagem à Rússia e Hungria levantam suspeitas, visto que, a pedido do governo russo, a comitiva brasileira teve que ser reduzida, deixando de contar com a presença, por exemplo, de ministros como Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina (Agricultura). “Esses foram preteridos para manutenção das presenças questionáveis do vereador internacional Carlos Bolsonaro e do ‘especialista’ internacional Tercio Arnaud, que estariam tendo agendas bastante estranhas em solo russo”, escreve Randolfe. 

Reportagem de Lucas Vasques, da Revista Fórum.

guazelli

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