Além de comprar 35 mil unidades de Viagra, medicamento que costuma ser usado para tratar disfunção erétil, as Forças Armadas aprovaram a aquisição de Minoxidil e Finasterida, os remédios para utilizados para combater a calvície.
Ao todo, oito pregões foram realizados por unidades ligadas aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, segundo dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal. O gasto com os remédios contra calvície, apesar de pequeno (R$ 2,1 mil entre 2018 e 2020), se trata de dinheiro público.
Após descobrir as compras, o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou ao Ministério da Defesa um pedido de explicações a respeito dos processos de compra dos medicamentos.
Nesses processos, o medicamento identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra), tem como destino a Marinha, com o maior volume, de 28.320 comprimidos. Outros cinco 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil para Aeronáutica.
Licitações milionárias para compra de alimentos de luxo, desde carnes nobres, passando por uísques, cervejas de primeira, chantilly, bacalhau e todo tipo de iguaria abastecem os quartéis brasileiros, embora não se saiba quem as consome, já que a tropa jura de pé junto que as refeições do rancho são bem simplórias. Agora, parece que o olho gordo e o paladar refinado da caserna passaram de todos os limites.
Pelo menos é o que indica um levantamento nas contas públicas do Ministério da Defesa também realizado pelo deputado federal Elias Vaz, que identificou apenas de fevereiro de 2021 a fevereiro de 2022 a aquisição de 557 toneladas de filé mignon, 373 toneladas de picanha e 254 toneladas de salmão, o que totaliza astronômicas 1.184 toneladas dessas carnes.
O período corresponde ao da gestão do general Walter Braga Netto frente à pasta. Logo ele, o oficial estrelado mais próximo, fiel e submisso a Jair Bolsonaro (PL), cotado para ser seu vice na chapa presidencial na eleição deste ano. As compras desses alimentos somaram R$ 56 milhões, segundo o autor da denúncia.
Reportagem de Lucas Vasques, da Revista Fórum.
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