A ministra Rosa Weber se tornou a terceira mulher a ocupar a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), em 131 anos, ao assumir o cargo nesta segunda-feira (12). Antes de Weber, Ellen Gracie assumiu o posto entre 2006 e 2008 e Cármen Lúcia, entre 2016 e 2018. A Corte é formada por 11 ministros.
As três também foram as únicas mulheres nomeadas para a Corte. Gracie foi nomeada em 23 de novembro de 2000, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), para ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do ex-ministro Luiz Octavio Pires e Albuquerque Gallotti. Com a nomeação, Gracie se tornou a primeira mulher ministra do STF, depois de 109 anos da primeira nomeação para Corte, de Freitas Henriques, em 1891.
A segunda mulher a ocupar uma cadeira no STF foi a ministra Cármen Lúcia, nomeada em 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rosa Weber, por sua vez, foi nomeada em novembro de 2011 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para assumir a vaga decorrente da aposentaria de Ellen Gracie.
Apesar de a Presidência do STF ter uma duração de dois anos, Weber deixará o cargo em outubro do ano que vem, quando completará 65 anos e se aposentará.
Temer e Bolsonaro só indicaram homens
O ex-presidente Michel Temer (MDB) e o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) tiveram respectivamente uma e duas oportunidades para indicar ministros ao STF. Em todas as ocasiões, somente homens foram indicados, diferente do que ocorreu nos governos anteriores. Temer indicou Alexandre de Moraes, em março de 2017, e Bolsonaro, Nunes Marques, em novembro de 2020, e André Mendonça, em dezembro do ano passado.
Reportagem de Caroline Oliveira, da Brasil de Fato.
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