O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou na quarta-feira (9) o Supremo Tribunal Federal (STF) e se reuniu com todos os ministros da Corte, com exceção de Luís Roberto Barroso, que está no Egito para a COP27, a Conferência Mundial do Clima.

Os relatos de participantes do encontrou foi de que tudo transcorreu com descontração, naturalidade e respeito, afinal, mesmo após quatro anos de um mandato caótico de Jair Bolsonaro (PL), tempo em que nem a mais simples das liturgias era cumprida e em que a educação por quem quer que seja desapareceu, é bastante desejável que o chefe do Executivo se relacione satisfatoriamente com os integrantes da cúpula do Judiciário.

Segundo informa a revista Veja, no decorrer da reunião de Lula com os magistrados do STF, o ministro Alexandre de Moraes, que é também o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por conduzir as eleições deste ano, teria feito um único pedido ao presidente da República eleito: um anteprojeto, modelo inicial de proposta que antecede o Projeto de Lei em si, que tenha por objetivo regulamentar os direitos e obrigações das plataformas de internet (redes sociais, aplicativos de mensagens e buscadores), já que o TSE teria tido um trabalho hercúleo este ano para conseguir evitar e coibir o oceano de fake news espalhado Brasil afora pelos bolsonaristas.

“Não é possível que essas plataformas sejam consideradas empresas de tecnologia e não de mídia. Só o Google fatura 12 vezes mais que todo o sistema Globo e não punido é em nada, como se nada ocorresse por lá”, teria dito Moraes a Lula na reunião em Brasília.

Ainda de acordo com as fontes que estiveram presentes no encontro, o presidente eleito teria ouvido toda a fala e o pedido do ministro do STF e do TSE, mas não deu qualquer sinalização no sentido de concordar ou rechaçar a ideia.

Reportagem de Henrique Rodrigues, da Revista Fórum.

guazelli

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