O bolsonarista Roberto Mantovani Filho, que foi um dos três agressores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no aeroporto de Roma, já irá responder a processos pelas condutas e pode inclusive perder o emprego, mas isso não é tudo. Ele também é filiado ao PSD e a legenda sinaliza que pode expulsá-lo.
À coluna de Roseann Kennedy, no Estadão, o partido diz repudiar o ato do filiado “independentemente da condição da filiação partidária”. À mesma coluna, Mantovani disse que não se lembrava se era filiado ou não ao partido. No entanto, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, ele está filiado.
Roberto Mantovani Filho é um conhecido empresário bolsonarista da região de Santa Barbara d’Oeste, no interior de São Paulo. Em 2004 candidatou-se à prefeitura da cidade, pelo PL, mas não venceu. À época, o PL que hoje abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro, de extrema-direita, estava coligado ao PT na disputa pela prefeitura. Mantovani atualmente está no PSD.
Um dos principais expoentes do partido é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele recentemente usou as redes sociais para repudiar as agressões a Moraes. “Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade”, escreveu.
Reportagem: Raphael Sanz, da Revista Fórum.
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