O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, declarou, por meio de uma nota, que nunca participou de nenhuma tratativa e nem auxiliou a venda de nenhuma joia de forma direta ou indireta.
Wasseff teria, segundo a PF, um papel central na organização criminosa que vendia joias recebidas por Bolsonaro durante visitas oficiais a países árabes nos EUA.
Por meio de um comunicado, Wassef se diz vítima de “uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto […] Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joia. Isto é calúnia que venho sofrendo. É pura mentira. Total armação”.
Além disso, Wassef afirma que só tomou conhecimento do caso das joias por meio da imprensa. “Jamais soube da existência de joias ou qualquer outros presentes recebidos […] Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”, declarou.
PF diz que Wassef tinha papel central em organização criminosa
Advogado de Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef é um dos alvos da operação Lucas 12:2, desencadeada nesta sexta-feira (11) pela Polícia Federal que tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Wasseff teria, segundo a PF, um papel central na organização criminosa que vendia joias recebidas por Bolsonaro durante visitas oficiais a países árabes nos EUA.
Pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência, o general Mauro Cesar Lourena Cid seria o operador da organização criminosa e teria tentado vender as joias nos EUA.
Durante o governo Bolsonaro, o general, que foi amigo do ex-presidente na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970, ocupou cargo federal em Miami ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
Outro alvo da operação é Osmar Crivelatti, também militar, que foi subordinado a Mauro Cid na Ajudâncida de Ordens da Presidência. O quarto alvo é o tenente-coronel, que está preso.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no inquérito que investiga as ações de uma suposta milícia digital que atua contra a democracia.
Wasseff ficou conhecido por esconder em seu sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, Fabrício de Queiroz, acusado de ser o operador do esquema de corrupção conhecido como “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Reportagem de Marcelo Hailer, da Revista Fórum.
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