Rompido com a família Cid desde que o tenente coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens na Presidência, resolveu firmar um acordo de delação premiada, Jair Bolsonaro (PL) teria escalado um general de confiança para fazer a reaproximação com Mauro Cesar Lourena Cid, também general da reserva e pai do ex-assessor.

Segundo Bela Megale, no jornal O Globo, o militar, que teria feito parte do governo Bolsonaro, teria como missão levantar junto ao pai informações sobre a delação do ex-ajudante de ordens.

Cid pai teria dito que o filho não implicou diretamente o ex-presidente. Mas, Bolsonaro não teria acreditado no general da reserva, de quem é amigo há décadas, desde quando os dois estudaram juntos na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

Alvo

Alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal em 11 de agosto, nas investigações sobre a Organização Criminosa que vendeu as joias da União nos EUA, o general Mauro Lourena Cid já nutria mágoa de Bolsonaro diante da inação na prisão do filho.

Lourena Cid estaria inconformado em ver o filho preso há mais de três meses, enquanto o clã Bolsonaro seguia vida normal.

Após virar alvo da PF, a situação se complicou ainda mais e Lourena Cid vive um dilema entre se afastar definitivamente de Bolsonaro – e jogar o amigo e ex-presidente aos leões – ou ficar próximo e enfrentar as consequências das investigações juntos.

Cid pai está atualmente na reserva. Entre 2019 e o início de 2023, ele esteve à frente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), nos Estados Unidos.

Reportagem de Plinío Teodoro, da Revista Fórum.

guazelli

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