O deputado Requião Filho, que na semana passada denunciou o escândalo dos grampos no governo Ratinho Jr., questionou as atividades realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE) em um prédio alugado no centro de Curitiba, sem nenhuma identificação de que se trata de um órgão público. Ele também se colocou à disposição para ser relator de uma CPI na Assembleia Legislativa (Alep) para apurar o caso, em discurso nesta segunda-feira (30).

Segundo Requião Filho, quem tem que explicar os indícios de um esquema de grampos que funcionaria a partir da Diretoria de Inteligência da CGE, colocando em prática o discurso da transparência e da lisura do governo do Estado, é o governador Ratinho Jr.

“Se existe transparência Diamante, Platinum, Ouro, Gold, expliquem: qual o currículo de Mehdi Moazen para estar à frente da Diretoria de Inteligência da CGE? Por que tem 120 pessoas trabalhando na CGE, mas estas 120 pessoas não trabalhavam no Edifício Baracat? Quem utilizou estes programas? Se não houve grampo, abram os dados dos programas para sabermos quem acessou e de onde acessou”.

Investigações

O parlamentar afirmou que as investigações estão sob responsabilidade do Ministério Público e da Polícia. “Pedidos de providências foram feitos. Quem faz a investigação é o Ministério Público, Polícia Federal, Ministério da Justiça. Eles vão levantar os indícios que entregamos e vão fazer a investigação. Nosso trabalho é fiscalizar, trazer denúncias”.

Contudo, segundo Requião Filho, caso haja vontade política por parte dos demais parlamentares, ele se propõe a liderar uma CPI sobre o caso. “Se a Casa e a base do governo quiserem trazer o trabalho de investigação para dentro da Assembleia, eu me coloco a disposição para ser relator de uma CPI sobre o caso, aí teremos um poder de polícia e investigação.”

Vice-líder da oposição e presidente do PT Paraná, o deputado Arilson Chiorato destacou que existem “indícios claros” de uso ilegal de grampos. “Existem investigação intramuros e extramuros. Há indícios claros. Se o governo não tem temor algum, vamos abrir o diálogo, para que o responsável pela Diretoria de Inteligência da CGE, Mehdi Mouazen, seja entrevistado. Não dá para ficar fazendo politicagem com este fato. Cabe ao governo esclarecer o que está acontecendo. Se houve uso irregular, que se explique.”

ASCOM – Oposição ALEP.

guazelli

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