Após se reunir com Ricardo Lewandowski na última segunda-feira (8), em encontro que teria tido a presença também de Flávio Dino, Lula mandou avisar ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-magistrado, que deixou a corte em abril do ano passado aos 75 anos, será o novo ministro da Justiça.
Na conversa com Lula, Lewandowski teria se comprometido a manter Andrei Rodrigues à frente da Polícia Federal. No entanto, o ex-ministro do STF não se comprometeu a fazer o mesmo com Ricardo Cappelli, secretário-executivo do MJ e braço direito de Dino.
Lewandowski teria dito a Lula que pretende montar uma equipe mais alinhada a seu perfil e pediu cerca de uma semana para definir os nomes. O presidente deve fazer o anúncio da saída de Dino – que assume a cadeira no STF no dia 22 de fevereiro – e da chegada de Lewandowski ainda nesta semana.
Outra questão fechada no encontro é que Lula não irá desmembrar a pasta em dois ministérios: da Justiça e da Segurança Pública. O desmembramento seria uma forma de manter a cota do PSB no governo, com Cappelli à frente da Segurança Pública.
No entanto, com a decisão Capelli deve cuidar de questões relacionadas à inteligência e segurança pública na Casa Civil, sob o comando de Rui Costa.
Para o lugar dele na Justiça, Lewandowski deve nomear o jurista Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Reportagem de Plinio Teodoro, da Revista Fórum.
Comentar